Wednesday, January 20, 2010

PASSOS

Pisei no pó da história.

Vi nos rostos da pobreza,

O sorriso da ignorância.

Monday, January 18, 2010

PARA LER UMA VEZ POR SEMANA

Recebi hoje um e-mail de um amigo. O artigo estava em inglês e resolvi traduzì-lo.

"Você deveria ler estas palavras pelo menos uma vez por semana:


"Para celebar meu envelhecimento, escrevi 45 lições que a vida me ensinou. Foi a coluna mais lida e requesitada que jamais escrevi"

Meu odômetro virou os 90 em agosto, e assim me ensinou a vida:

1. A vida não é justa, mas ainda é boa.

2. Quando estiver em dúvida, decida pelo menor passo que estiver ao seu alcance.

3. A Vida é muito curta para perder tempo odiando alguém.

4. Seu trabalho não vai cuidar da sua saúde quando você estiver doente. Seus pais e amigos, sim. Lembre-se disso!
5. Pague seu cartão de crédito todo mês.


6. Você não tem que vencer toda discussão. Concorde em discordar e aceite o argumento alheio.

7. Chore com alguém. Alivia mais do que chorar sozinho.

8. Não tem problema ficar bravo com Deus. Ele tolera isso pois é mais poderoso do que você..

9. Economize para sua aposentadoria desde seu primeiro salário.

10. Quando a tentação for chocolate, a resistência é inútil.

11. Faça as pazes com seu passado para que ele não estrague seu presente.

12. Não se importe em deixar seus filhos te verem chorar.

13. Não compare sua vida com a das outras pessoas. Você não tem idéia do que elas verdadeiramente estão passando.

14. Se um relacionamento deve ser mantido em segredo, você não deveria participar dele.

15. Tudo pode mudar num piscar de olhos. Mas não se preocupe, Deus não hesita.

16. Respire fundo. Isso acalma a mente.

17. Livre-se de qualquer coisa que não seja útil, bonita ou prazerosa..

18. Qualquer coisa que não te mate, realmente te torna mais forte.

19. Nunca é tarde para ter uma infância feliz. Mas a segunda infância é opção sua.

20. Quando for perseguir aquilo que você ama na vida, não aceite não como resposta.

21. Acenda velas,use roupas bonitas, vista lingerie chique. Não espere uma ocasião especial. Hoje é um dia especial.

22. Prepare-se com antecedência, depois vá.

23. Seja excêntrico hoje. Não espere a idade chegar.

24. O órgão sexual mais importante é o cérebro.

25. Ninguém, senão você mesmo, é responsável pela sua felicidade.

26. Marque cada suposta pequena desgraça da sua vida com a seguinte pergunta: como vai estar esta situação daqui a cinco anos?

27. Sempre vote pela vida.

28. Perdoe a todos por tudo.

29. O que as outras pessoas pensam a seu respeito naõ é da sua conta.

30. O tempo cura quase tudo. Dê tempo ao tempo.

31. Não importa se a situação é boa ou má, certamente ela mudará.

32. Não se leve tão à sério. Ninguém o faz.

33. Acredite em milagres.

34. Deus te ama por ser seu Deus, não por algo que você faça ou tenha feito.

35. Não cobre da vida. Faça e aconteça agora.

36. Envelhecer bem mata a alternativa - morrer jovem.

37. Seus filhos terão apenas uma infância.

38. Tudo o que realmente importa no final do dia é aquilo que você realizou com amor.

39. Saia todo dia. Os milagres estão por aí te esperando.

40. Se todos os nossos problemas estivessem empilhados e pudéssemos ver a pilha dos problemas dos outros, certamente ficaríamos com a nossa pilha de problemas.

41. A inveja é pura perda de tempo. Você já tem o que precisa.

42. O melhor está sempre por vir.

43. Não importa como você esteja se sentindo: levante-se, vista-se e apareça para a vida..

44. Dê a preferência.

45. A vida não está embalada para presentes, mas é um belo presente".

Thursday, January 14, 2010

SAUDADES DO VELHO GUERREIRO

Odeio esta praga da televisão moderna chamada Reality show. Devo confessar que, por curiosidade pessoal e, espírito de um homem de comunicação, assisti alguns capítulos(e até segui)as primeiras edições de algumas destas porcarias eletrônicas: Casa dos Artistas, Big Brother Brasil, No Limite, Ídolos, O Aprendiz, A Fazenda. Não passei incólume a febre mundial da Susan Boyle no ano passado.

Mas não sou contra o formato reality show. Quem é que não tem espírito voyer, não gosta de dar uma olhadinha no vizinho pelo olho mágico, não fica curioso com uma janela aberta com luz acesa? Quem é que não fala mal dos outros, não fofoca, não dá opinião quando não é chamado, não mete o bedelho onde não deveria? Qual mulher não gosta de ser percebida quando passa na rua? Que mulher não adora se sentir desejada? E quem no mundo não gosta de se sentir importante?

Por explorar o desejo humano de ver e ser visto, os reality shows não param de se multiplar e, salvo raras execeções, sempre conseguem bons índices de audiência. Não acho falta do que fazer assisitr a um reality show. Não condeno quem os assiste e, muito menos, quem os exibe. O que me irrita, porém, é o exagero e a falta de bom senso na busca pela audiência (este aliás, um dos maiores problemas da TV mundial hoje).

A partir de sua 3ª edição, não assisto o BBB. Desde então só fico sabendo um pouco do que está acontecendo quando ouço comentários das pessoas que trabalham ao meu redor. Ou, mais recentemente, depois que ele passou a ter "cobertura jornalística" via internet. Como sou usuário do IG, acabo lendo as manchetes. Foi o que aconteceu ontem e hoje, quando vi o conteúdo de uma insultante chamada: "Dicesar conta detalhes de sua carreira como Drag Queen". Desacreditando no que lia, fiquei sabendo que, além de uma drag queen, esta edição do BBB conta com a presença de um gay assumido. E que, na primeira festa do programa, já houve um selinho entre homens.

Nada contra homessexuais e Drag Queens. Nada contra mesmo! Tudo, porém, contra a emissora que coloca dois personagens atípicos - alegando suposta falta de preconceito - quando, na realidade, está explorando suas diferenças na busca pela audiência. Tudo contra a direção do programa que, em um processo seletivo tendencioso, já escolheu estes dois participantes com planos préconcebidos. Ou teria sido mera e casual atração um selinho na primeira oportunidade? Tudo contra a exploração e ridicularização de opções pessoais e difíceis. Tudo contra a massificação do preconceito.

O efeito produzido pela exposição em programas como o BBB de estilos de vida ainda em fase de afirmação na sociedade é o contrário daquele que se pode imaginar. Ao invés de quebrar tabus e mitos esta exposição acaba por reforçá-los, fortalecendo ainda mais o preconceito contra estas pessoas. Ao invés de contribuir para que este comportamento seja cada vez mais aceito como normal, a exibição, na hora errada, para o público errado, de cenas e casos do universo homossexual, só serve para acentuar esteriótipos. O público em geral da TV aberta ainda não está totalmente preparado para este universo que, aos seus olhos, ainda é pouco aceito. Os comentários certamente serão preconceituosos e, enquanto permanecerem no BBB9, os homessexuais serão vistos como "aves raras", aumentando o interesse pelo programa.

É uma pena perceber o crescimento, a passos largos, da falta de critérios e limites na luta pela audiência. Esta tem sido uma tarefa dos diretores de programação e apresentadores de televisão que procuravam, através de sua criatividade, diferenciar o conteúdo de seus programas. Esta sempre foi a regra do jogo. Só que, da forma como ele está sendo jogado hoje, dá uma saudade do Velho Guerreiro!

Wednesday, January 13, 2010

BLOG QUE EU RECOMENDO

Acabo de adicionar a minha lista de Blogs que gosto de ler (posicionada abaixo a direita nesta página) um BLOG que eu recomendo:

www.terapia-livros.blogspot.com (TERAPIA LITERÀRIA)

Este BLOG é do meu eterno mestre Gabriel Perisse (www.perisse.com.br)que há mais de dez anos me acompanha em minhas buscas literárias. Além de um grande amigo, um tremendo palestrante e filósofo.

Um cara brilhante capaz de escrever coisas como o texto abaixo que só tem um defeito: não ter sido escrito por mim.

Grande abraço, mestre!

LEITURA TUDO CURA
Por Gabriel Perisse

"Leitura cura tudo. É bom para tudo, tudo ajuda, faz de tudo.

Trabalha todas as dimensões intelectuais. Exercita a atenção, a memória recente, a conexão entre fatos e experiências passadas, a linguagem, a imaginação, a capacidade de prever, a capacidade de interpretar, a intuição.

A leitura nos cura do dogmatismo e do ceticismo, do medo e da temeridade, do sentimentalismo e da insensibilidade, da falta de assunto e da verborragia, da indecisão e do fanatismo, da arrogância e da timidez.

Leitura faz bem para os músculos, para os ossos, para os olhos, para os ouvidos, para a queda de cabelo, para os rins, para os intestinos, para as juntas, para as costas, para as pernas, para os pés, para as mãos, para os dedos, para as unhas, para tudo.

Ler resolve problemas de visão, de solidão, de falta de recreação, de impotência, de sonolência, de implicância, de amargura, de cabeça dura, de alergia a fritura, de incultura, de postura, melhora a temperatura, aumenta a estatura, cola as fissuras, cura qualquer gastura, queima todas as gorduras.

Durante a leitura o leitor esquece as torturas da vida, recupera o amor à vida, dá vida a novas idéias, revive vidas passadas, prevê vidas futuras, comunica vida à vida mesma.

A cada leitura o leitor sai de si, reencontra-se, dá a volta ao mundo, mergulha oceanos, perfura a terra, entra em órbita, engole nuvens, desafia o Sol, abraça a lua... E tudo isso sem sair do lugar.

O leitor que lê bebe o leite, bebe o vinho, bebe o café do vizinho, bebe a cerveja, bebe de todos os rios, bebe sicuta, bebe uísque, bebe muito, bebe e cala, bebe e ouve, bebe tudo e continua sóbrio.

Leitura, sobretudo, é remédio para todos os males.

Cura dor de cotovelo, dor aguda, dor cansada, dor surda, dor crônica, dor romântica, dor poética, dor dramática, dor trágica, dor da mente, dor demente, dor da alma, dor de barriga, dor de cabeça, dor de dente, dor de peito, dor que nada respeita, dor difusa, dor confusa, dor fantasma, dor fina, dor grossa, dor incausada, dor ousada, dor para todos os gostos e lamentos.

Leitura cura tudo. E, claro, cura até mesmo o maior de todos os problemas. Cura a própria falta de leitura! Quem lê torna-se incuravelmente leitor."

Monday, January 11, 2010

O ROCK IN RIO E UM NOVO PAÍS





Lá se vão 25 anos do 1º Rock In Rio. E só me dei conta ao ler na manchete do IG nesta manhã. Imediatamente lembrei-me de um adesivo que ficou por 3 anos na janela de meu quarto. Morava naquela época em Marília, cidade do interior de Sâo Paulo, distante mais ou menos 800 Kms do Rio. Mas, naqueles dias, parecia que eu estava na cidade do rock.

Dez dias de janeiro de 1985 que marcaram para sempre minha vida. Foram os responsáveis pela minha descoberta do Rock. Por incrível que pareça, para quem me conhece hoje e sabe o quanto eu gosto de rock, até os meus quinze anos eu praticamente não conhecia este gênero musical. A não ser por um pequeno LP do Elvis Presley, minha praia era a MPB. Cresci ouvindo minha mãe cantar as músicas e contar a história dos grandes festivais da década de 60 que mudaram a história de nossa música. Ficava perto de uma vitrola com pequenas caixas de música ouvindo e cantando as letras que embalaram uma geração. Não fiz parte dela, mas aprendi a amar as canções que contavam sua história.

Minha geração, porém, é a do Rock in Rio 85, onde as grandes bandas do rock nacional ganharam vida. Como tantos outros jovens brasileiros, no verão daquele ano ampliei meus horizontes musicais e, por conta de bandinhas de garagem que ganharam projeção nacional, aprendi a gostar de rock. Minha rebeldia ganhava outros tons nas vozes de Cazuza e Herbert Viana. Sonhava pegar a estrada e entrar na cidade do Rock, um templo maluco onde meus sonhos de liberdade ganhavam vida. Via pela televisão milhares de pessoas juntas se irmanando e revivendo o ideal dos hippyes de Woodstock. Ainda que, aos olhos de hoje, isso possa parecer fora de moda, o Rock In Rio 85 foi um segundo Woodstock. O mesmo espírito de paz e amor imperava naquele imenso parque onde a total falta de infraestrutura era compensada pela grandeza dos acordes emitidos tanto por monstros consagrados como Fred Mercury ou românticos exagerados como CAZUZA. Era o melhor encontro da fama com a promessa. Não só de novos talentos da música, mas de um novo Brasil. Promessa da redemocratização e da Nova república. Promessa de um tempo de mais liberdade e menos repressão. Promessa de esperança.

1985, um ano após o 1984 do George Owell, trazia uma nova perspectiva para jovens como eu que não sabiam o que havia sido a ditadura na prática, mas sentiam o peso da sua história. Sentíamos o momento da mudança, a perspectiva de uma nova realidade, respirávamos os novos ares da abertura. Neste contexto, assim como Chico e tantos outros foram as vozes da contestação, as novas bandinhas foram a tradução de nossa libertação. Barão Vermelho, Titâs, Paralamas do Sucesso e Legião Urbana faziam com que pudéssemos dançar livremente e colocar pra fora toda a energia represada por tantos anos. Ao contrário do som intimista da bossa nova e MPB dos anos 60 e 70, a música da geração do Rock in Rio era explosiva e radiante. Trazia em seus acordes a vibração de uma geração que acordava para um país que estava renascendo.

Pouco se falou a este respeito, mas, à luz da história, O rock in Rio pode ser comparado aos festivais da canção dos anos 60. Ele também foi o ponto de partida para o grande sucesso de bandas que representam uma geração e seu tempo. Lançou músicos que, mesmo com o passar do tempo, foram capazes de se manterem atualizados e renovando seu repertório. E, sobretudo, foi o palco onde, pela primeira vez, depois de muitos anos, a liberdade pode ser vivida sem o medo do chumbo.

FRASE DO DIA

"O DESAPEGO É A SENDA PARA A VERDADEIRA LIBERDADE"

O livro Tibetano do Viver e do Morrer de Sogyal Rinpoche.

Wednesday, January 06, 2010

UM BRINDE, IATÃ!



Depois de muito tempo, calibrei a amizade com meu primo na mesa de um boteco. Conversa sem fim e de muita afinidade. Fechamos o bar e quase fomos expulsos.

As coisas boas não mudam. Um brinde Iatã!

Tuesday, January 05, 2010

PENSAMENTO PARA UMA VIDA

" (...) E para que me credencie a defender a minha verdade, começo por manifestar a humildade de saber que existem outras verdades e que elas são tão sustentáveis quanto às minhas e que a única razão pela qual um homem, um democrata passa a ter o direito de defender a sua verdade é exatamente o respeito que ele manifesta pela alheia"

MÁRIO COVAS