Monday, July 28, 2008

CACÓFATO PUBLICITÁRIO

Vi e não pude resistir à tentação de reproduzir.

Esta postagem foi tirada do BLOG de uma amiga: www.alguemmaisviu.blogspot.com.

Um BLOG legal que apresenta um olhar divertido e inteligente com várias curiosidades. Entre elas essa:

Um cacófato publicitário na campanha de lançamento do NOVO GOL. Olha só a barbaridade:

Lindo como nunCA. GOL como sempre.

E eu que, por herança familiar, sempre ouço cacófatos não fui capaz de perceber. Ainda bem que, se para os mais atentos, passa desapercebido, que dirá para a "galera"

Friday, July 25, 2008

NÚMEROS IMPRESSIONANTES

O Brasil é mesmo um fenômeno instigante e, certamente, um país emergente. Que impressiona investidores internacionais por seu potencial de consumo.

Vejam o impressionante número de crescimento de usuários de internet e celulares em nosso país nos últimos anos:


INTERNET:

2001: 18 Milhões de usuários no Brasil
2007: 42 Milhões de usuários (de 2006 para 2007 dobro de usuários da classe C)



CELULARES:

2000: 23 Milhões de usuários
2007: 125 Milhões de usuários.


O celular tem sido considerado o maior meio de inclusão social na era digital.

ESTOU NOVO EM MINHA HISTÓRIA

No início deste ano criei um pensamento para mim mesmo: estou velho em minha história. Acordava e dormia com esta sensação martelando minha cabeça e muitas vezes dela tentava fugir. Mas não conseguia. Volta e meia estas palavras ecoavam em minha consciência e acabam por me consumir.

Tinha a precoce sensação de que havia vivido tudo o que tinha que viver, sentido tudo o que tinha que sentir, visto tudo o que meus olhos poderiam enxergar. Minha intensidade e minha loucura haviam proporcionado-me todas as experiências que havia escolhido para mim, por nelas acreditar e desejar vivenciar. Desde os três anos de idade sou assim. Conta humoradamente minha tia que certa vez fui ao trem fantasma e dele saí aos prantos. Ao ser perguntado porque eu havia entrado se eu não havia gostado, respondi prontamente: porque eu pensei “se era bom”, “né” tia!

E com esta “simples” filosofia de vida vivenciei e experimentei muitas coisas, vivendo cada dia como se fosse o único de minha vida. Até chegar ao “ponto final”. Sem esperança e, para mim, o pior: sem a capacidade de sonhar! Meus sonhos haviam sido enterrados e minha vontade de viver estava parada. Não havia para onde olhar. Conhecia todas as paisagens, todos os roteiros, todas as viagens. O destino de meu futuro era meu próprio passado.

Foram sete meses difíceis. Vividos, batalhados, monitorados, espelhados em algo que não conhecia. Fui resignificando minha vida e revirando a mesa. Montando um novo jogo no mesmo tabuleiro. Vivendo e reaprendendo a jogar. Voltei a aproximar-me de minhas raízes, em minha essência busquei as respostas. Apostei no medo. E de frente o enfrentei. Entendendo que apenas sofrendo somos capazes de evoluir.

Hoje encerro meu primeiro mês de uma nova etapa profissional. Com todo o caminho aberto, sem saber o que vai acontecer, sem ter certeza das respostas mas, sobretudo, reaprendendo a viver.

Sinto-me novo em minha história.

Tuesday, July 22, 2008

EVERYTHING BUT THE GIRL

"For your bedroom needs, we sell everything but the girl".

Criativo slogan de uma loja na Inglaterra.

Foi a partir desta sugestiva frase inscrita num letreiro de uma loja de mobílias, que Tracey Thorn e Ben Watt se inspiraram para dar nome ao grupo que formaram no início dos anos 80, quando ainda eram ambos estudantes universitários. Hoje o grupo é um dos ícones da moderna música inglesa apostando na fusão de estilos musicais e usando muito influências às sonoridades electrónicas.

Além do som ser muito bom, a origem do nome é fantástica!

Thursday, July 17, 2008

MEU NOME NÂO É JOHNNY

Acabo de ler a incrível aventura de João Guilherme Estrella narrada no livro Meu Nome Não é Johnny. Deliciosamente escrito pelo jornalista Guilherme Fiuza, a biografia de um filho da burguesia carioca que virou traficante foi, para mim, uma grande lição de vida.
João Guilherme Estrella nasceu em berço de ouro, teve uma adolescência livre e foi um jovem que, circunstancialmente, caiu no mundo do tráfico. Percebe-se pela narrativa que ele não planejou montar o império que acabou se instalando ao seu redor. As coisas foram acontecendo, dando certo, e ele acabou chegando a um ponto em que não conseguiria sozinho sair da enroscada em que havia se metido. Ao meu ver, para seu bem, foi capturado pela Polícia Federal e passou apenas dois anos e meio na prisão, após uma controvertida decisão judicial que fez história no Rio de Janeiro.
De todos os trechos do livro, os que mais me marcaram foram aqueles em que o escritor descreve a vida de João Guilherme na prisão. Estrella não era santo, sabia se defender e tinha a "escola da rua", mas nunca foi um personagem do mal naquele meio tão complicado. Ao contrário, mesmo estando em meio a pessoas perigosas e que poderiam muito bem tê-lo influenciado negativamente, conseguiu manter-se fiel a seus princípios e sobreviver naquele ambiente singular. João foi capaz de manter-se são mental e fisicamente e aprendeu a lidar com as carcteristicas daquele sistema onde as regras são outras. Mesmo obedecendo à lei da prisão, Estrella foi capaz de se tornar uma unanimidade entre os presos ao mesmo tempo em que ganhou a confiança do sistema carcerário. Sua grande inteligência emocional o proporcionou a capacidade de sair-se bem, mesmo tendo, aparentemente, tudo contra si.
Naqueles anos sabáticos dentro da prisão, João foi exatamente o mesmo homem que havia traficado, ou seja, aquele que acreditava naquilo que estava fazendo. Mesmo que não soubesse o porquê. O que mudou, porém, foi seu autoconhecimento e a descoberta dos porquês. Sendo fiel a si mesmo, foi capaz de enfrentar adversidades que poderiam tê-lo destruído. Estrella tocava violão e compunha desesperadamente, escutava e cantava músicas em voz alta, fazia exercícios, escrevia para os analfabetos, contava histórias de um mundo que os presos não conheciam. Usou o castigo a seu favor privando-se das drogas em um ambiente mais do que favorável para seu consumo e com ampla oferta. Fez uma enorme desintoxicação física e mental e, pela primeira vez na vida, parou para pensar em si próprio. Descobriu que, até aquele momento, tinha apenas vivido intensamente.

Após o período de prisão, Joâo teve a real oportunidade de voltar ao mundo do tráfico mas rechaçou, firme e disciplinadamente, este caminho. Convicto, recomeçou sua vida do zero e, humildemente, trilhou uma nova vida. Sem nunca imaginar que viraria, literalmente, estrela!

PLATAFORMA DA ESTAÇÃO

Vi meu avô na plataforma. De pé nos esperava com seu sorriso alegre e sua barriga “cheia de dinheiro”. Veio em nossa direção caminhando ao lado de minha avó para nos receber. O trem, quase parando, chacoalhava devagarzinho chegando ao final da linha. Debruçado na janela da entrada do vagão, mal esperava pela hora de descer. Bem ao lado camareiro, ansiosamente, via ele baixar a escada. Desci os seus degraus e saí em disparada.


Os braços de meu avô receberam-me calorosamente. De mãos dadas, caminhamos em direção à locomotiva e, num gesto que se repetia a cada chegada em São Paulo, ele me levantou em seu colo para eu ver a magia da máquina de comando. Aquela que, contava ele, não mais cuspia fogo como as outras á vapor que levavam seu pai nas viagens pelo interior de São Paulo. Fascinado, olhava para dentro da locomotiva procurando o maquinista que me trouxera a São Paulo.


Pessoas ganhavam a plataforma, umas apressadas, outras cansadas da noite mal dormida, o vagão de carga deixava o que havia transportado e os ajudantes se apresentavam oferecendo-se para carregar as malas. A plataforma, antes vazia, ganhava vida com a chegada de mais um trem de longo percurso. Os carrinhos de madeira passavam cheios de bagagem, o vagão restaurante descarregava as garrafas de refrigerantes e o garçom descia tirando sua gravata de borboleta preta. Abraços e beijos, festa para quem chegava de longe. O grande relógio a marcar as horas.

Revisitei esta plataforma. E vi nos ponteiros daquele mesmo relógio o tempo da saudade de meu avô.

Monday, July 14, 2008

O CAÇADOR DE PIPAS

Sábado fui ao Parque das Bicicletas com minha filha. Passamos boas horas e nos divertimos nesse bem cuidado parque de São Paulo. Porém uma coisa chamou-me a atenção: é probido soltar pipas naquele parque.
Estava sentado próximo à entrada principal tomando um delicioso picolé quando vi uma cena que nada me agradou: um pai com dois filhos estava entrando com suas três bicicletas e uma pipa (dessas de plástico) quando foi abordado por um guardinha da Guarda Civil Metropolitana. Sem nada entender o sujeito continuou andando até que foi abruptamente interceptado. Os dois discutiram e, pouco depois, o pai seguiu injuriado. Não consegui ouvir o diálogo mas vi que a pipa ficou retida na guarita. Inconformado, fui conversar com a tal "autoridade". Perguntei se o que eu tinha entendido era realmente verdade e, estupefato, escutei que é PROIBIDO soltar pipas e que, quem com elas entra, tem de deixá-las na guarita, podendo apenas retirá-las na saída. Olhei para o alto e não vi redes de alta tensão, tão pouco postes que pudessem oferecer riscos. Questionei a "sumidade" encumbida de manter a ordem local sobre qual era o motivo de tal proibição já que, literalmente, não via, a olhos nus, motivos para aquila proibição. A alegação foi a coisa mais ridícula do mundo: ele me disse que as linhas das pipas podem cortar as pessoas e oferecem riscos se forem cortantes. Façam-me o favor: quantas pessoas entram no parque das bicicletas para soltar pipas com linhas "preparadas"? A maioria vai apenas divertir-se utilizando linhas comuns ou até mesmo barbantes. As linhas de nylon são pouco utilizadas e, mesmo que alguém faça uso delas, quem vai passar por uma linha de pipa sem ver?
Aquele parque é aberto, espaçoso, amplo e dá perfeitamente para se soltar pipas sem oferecer qualquer risco. Abaixo esta burrice. Já temos poucas áreas gratuitas de lazer e, quando as temos, ainda querem inibir o nosso prazer? Se lá no Parque aquele pai não pode soltar pipas, onde então ele vai fazê-lo? Só se for na rua da sua casa, aí sim, com a rede elétrica todinha "à sua disposição" e colocando em risco a sua vida.

PARQUE DE DIVERSÕES

Para minha filha

O carrossel virava,
virava,
virava.
Seus cabelos compridos voavam.
Nas voltas do seu cavalo
o encanto da infância que pouco vivi.
Girando com você
em seu sorriso
minha tristeza escondi.
E, sem querer nenhuma resposta,
rodando com a vida aberta
fui adulto brincando de menino

Thursday, July 10, 2008

PERSERVAR É SONHAR

Perguntado hoje por um veterano jornalista sobre o que eu andava escrevendo, respondi: apenas bobagens pessoais em um BLOG.
Ele me incentivou respondendo: continue a escrever e não se equeça do mestre Gustave Flaubert, autor da seguinte frase:
"Não há página mal escrita que resista a leitura em voz alta".
Continuarei escrevendo. E agora lendo em voz alta.

Tuesday, July 08, 2008

POETA ANALFABETO

A veterana jornalista Vera Lúcia Gertel relata que, certa vez, ao viajar pelo Vale do São Francisco, encontrou uma casa com poesias na parede. Casa humilde, de gente simples, nativa da beira do Velho Chico.
Intrigada pelo fato de ver tantas poesias resistindo ao tempo nas paredes de tijolo desbotado, a jornalista procurou encontrar quem escrevera aqueles poemas. Foi indicada a falar com um jovem, neto de um senhor que não sabia escrever. O moço lhe explicou que seu avô, totalmente analfabeto, ditava os poemas para que ele os escrevesse na parede já que não sabia escrever e não havia papel disponível.
História das margens do mágico Velho Chico, que tanto fascínio me causa.

Monday, July 07, 2008

CQC FINALMENTE NO CONGRESSO

Após dois meses tentando gravar matérias DENTRO do Congresso Nacional, a equipe do programa CQC (Custe o que Custar) da TV Bandeirantes foi FINALMENTE autorizada a entrar e entrevistar os parlamentares.
A proibição foi decretada pela Secretaria de Comunicação (SECOM) de nosso democrático Presidente alegando ser o CQC um programa humorístico e não jornalístico. Apesar de apresentado por jornalistas devidamenete credenciados. É a mais pura democracia do Governo Lula mais uma vez sendo colocada em prática e aviltando o direito ao exercício da livre imprensa neste país.
Pouco tenho assistido televisão atuamente mas tenho acompanhado o programa CQC (que vai ao ar ás segundas-feiras a partir das 22 horas pela TV Bandeirantes). Comandado pelo irreverente Marcelo Tass (um dos comunicadores multimídia mais criativos e versáteis do Brasil) , o programa aborda de maneira inusitada e inteligentíssima os problemas do Brasil, aliando crítica e humor e um bom tempero jornalístico. O ritmo dinâmico do programa apresentado AO VIVO é dado pelo próprio Marcelo Tass que não deixa a "peteca cair" e brinca com seus dois colegas apresentadores que soltam comentários divertidos e espontâneos.
Um bom jeito de começar a semana ao invés de assitir aos enfadonhos programas de futebol comentando a rodada do final de semana

Friday, July 04, 2008

SHALOM INGRID BETANCOURT

Ao contrário do que comumente se pensa, o significado mais profundo da palavra 'shalom' não é paz. Em hebraico a palavra 'shalom' vem da palavra 'shalem' - que significa inteiro, completo. A relação com a paz vem da idéia de que para se alcançar a paz dentro do povo de Israel era preciso que eles estivessem completos. Isto é, somente não deixando ninguém de lado e tendo atingido a força maior através da união das forças de todos, é que eles iriam obter a bênção completa.
Esta interpretação remete-me ao caso da heróica Ingrid Betancourt. Em sua primeira entrevista coletiva a ex-candidata à Presidência da Colômbia declarou ter pensando em se matar quase todo os dias nos últimos anos. Mas que não o fez por imaginar o que seus filhos pensariam dela. "A tentação do suicídio era permanente em todos os reféns e alguns chegavam a "ensaiar" este suicídio. No meu caso, a tentação era diária, no sentido de pensar no suicídio e dizer: Será uma opção? Serei capaz? O que meus filhos vão pensar? Mas sempre desistia porque tinha uma base muito forte, que era o programa de rádio diário pelo qual me punham em contato com minha mãe, que dizia o que estava acontecendo com minha família, meus filhos".
Não tivesse Ingrid a "base muito forte" (que não foi o programa diário de rádio, mas sim sua própria força interior), não estivesse ela (ainda que pensando em suicídio), inteira e completa, não teria recebido a bênção completa da libertação.
SHALOM INGRID BETANCOURT!

Thursday, July 03, 2008

COMEÇAR DE NOVO

Cada momento de minha vida é marcado por uma trilha sonora. Elejo músicas que traduzem o que sinto e sigo minha caminhada embalado (ou embolado). Seja pela profunda alegria de poder sonhar acordado, seja pela tremenda saudade do inesquecível momento que não volta, seja pela coragem que à vezes falta, seja pelo sofrimento que a solidão traz. Em todos estes momentos várias músicas têm me acompanhado e, toda vez que ouço uma que já fez parte da trilha sonora de minha vida, lembro-me do exato momento em que a ouvi e de tudo que àquela época se passava em minha vida.
Neste inesquecível e sabático mês de junho uma única canção eu ouvia ao acordar e em vários monentos do dia quando perdia a sensação de estar pisando no chão: a linda Começar de Novo criada por Ivan Lins e Vitor Martins. Ela traduzia tudo o que sentia e me abastecia com a força que eu precisava encontar em mim mesmo para não enfraquecer. Foram dias difícílimos, onde cheguei quase ao meu limite de dor e solidão, mas consegui vencê-los com muita coragem acreditando em um novo recomeço. Acreditando em mim mesmo e em meu maior ativo: a minha ética, meus valores morais e minha capacidade de trabalho. Nutrindo uma enorme esperança (documentada aqui neste BLOG) por uma mudança em minha vida.
Pois ela chegou e há três dias vivo no meio daqueles que deveriam ser meus colegas de trabalho caso eu tivesse acertado ao escolher o jornalismo como profissão. Estou no meio de uma redação e junto com outros três colegas que compõem a equipe comercial da revista Imprensa sou uma "avis rara". Porém sinto-me à vontade naquele ambiente onde se discute CONTEÙDO (notícias, projetos editoriais, prêmios de jornalismo e literários, livros e exposições). Estou no meio de pessoas que pensam e valorizam a inteligência como maior ativo. Não pensam em produtos e preços: pensam em idéias. Vivem de idéias e de fatos. E de contar os fatos, analisar os fatos, discutir os fatos e se posicionar sobre os fatos. Não estou no meio de covardes ou "vaselinas" que não se responsabilizam por suas opiniões. Ao contrário, estou entre quem emite e publica suas opniões. Como eu sempre sonhei em fazer e este BLOG hoje me possibilita realizar parte deste sonho.
Foi um mês doído, sacrificado, mas hoje tenho uma antes desconhecida sensação de felicidade porque fui capaz de me colocar onde me sinto confortável e próximo daquilo que mais amo: A PALAVRA. E a sua mágica utilização para contar histórias, notícias, romances, contos, crônicas, fazer rimas de poemas e trovas de cordel. Meu amor maior está agora bem ao meu lado e com ele pretendo seguir em minha vida. Cantando e contando histórias de sonhos que se tornam possíveis pela coragem de quem não perde a mania de ter fé na vida.
Segue abaixo a letra da canção composta em 1978

COMEÇAR DE NOVO

Começar de novo
E contar comigo
Vai valer a pena
Ter amanhecido
Ter me rebelado
Ter me debatido
Ter me machucado
Ter sobrevivido
Ter virado a mesa
Ter me conhecido
Ter virado o barco
Ter me socorrido

Começar de novo
E contar comigo
Vai valer a pena
Ter amanhecido
Sem as tuas garras
Sempre tão seguras
Sem o teu fantasma
Sem tua moldura
Sem tuas escoras
Sem o teu domínio
Sem tuas esporas
Sem o teu fascínio