Tuesday, January 06, 2009

LER OU NÃO LER

Após uma estressante reta final de 2008, acompanhando por dois meses consecutivos o andamento da crise via jornais, rádios, blogs, newsletters, e o portal da BOVESPA, passei dez deliciosos dias alheio ao mundo. Não li uma linha de jornal, não assisiti a um telejornal e meu radio só tocou música sertaneja. Não fiquei sabendo o que se passou mundo afora durante este período de férias. Nem a tradicional cobertura dos Reveillons eu vi. Desliguei-me completamente. Tirei meu plug da tomada.
Na volta, ao chegar em minha casa, uma pilha de jornais e revistas na porta me esperava. Rapidamente, ainda com algumas malas em mãos, dei uma "zapeada" pelas notícias e confesso que senti um mal estar. Não sabia da guerra em Israel e tinha me esquecido das tragédias provocadas pelas chuvas. Imediatamente senti-me de volta ao mundo com a sensação de que era melhor não ter lido nada. Esse sentimento gerou um desconforto muito grande pois, embora manter-me informado e atualizado seja uma obrigação que me imponho diariamente, quando não leio nada (mesmo não estando de férias), sinto-me menos oprimido e estressado.
Talvez eu não esteja errado. Segundo nota publicada há pouco pelo Estadão, Lula, em entrevista à Revista Piauí deste mês, decalarou que não lê jornais nem sites porque faz mal ao fígado. O Presidente procura uma explicação atribuindo sua atualização ao convívio com as pessoas. "Um homem que conversa com o tanto de pessoas que eu converso por dia deve ter uns trinta jornais na cabeça todo santo dia", disse.
Mediante esta declaração gostaria de saber se devo conversar com mais pessoas ou ler os jornais e sites.

1 comment:

Edison Waetge Jr said...

Bom, depende de com quem você conversa, né...