Antes da invenção de Gutenberg, o pergaminho era utilizado para a escrita. Além de artesanal e demorado, seu processo de produção utilizava um dos bens mais preciosos da época: os animais. O couro de ovelhas ou cabras era curtido, lavado, e cuidadosamente raspado com lâminas especiais e com pedra pomes para depois ser branqueado com gesso ou cal. A partir daí, com a superfície branca, era possível registrar, com tinta, a escrita. Porém, como era muito caro e raro, o pergaminho era bastante reutilizado através de uma técnica especial de revitalização. Seu reaproveitamento era feito através do uso de uma solução alcalina que removia a tinta, sendo que, logo após, era feito um processo de raspagem e polimento. Estes pergaminhos reaproveitados eram chamados PALIMPSESTOS. A origem da palavra é grega e remete ao ato de raspar novamente o couro para que se possa escrever em cima do que já havia sido escrito: PALIM (de novo) PSESTOS (raspar/ riscar).
Segundo o evangelista João, Jesus teria usado a palavra PALIM em sua conversa com o fariseu Nicodemos. João narra o conselho de Jesus aos fariseus: em verdade vos digo: necessário vos é nascer PALIM (traduzido na Bíblia por de novo). Independentemente de crença ou do contexto histórico em que se insere o diálogo, filosoficamente é possível pensar sobre o profundo significado desta frase. Estamos sempre mudando, sempre crescendo, sempre nos transformando. Essa é a verdadeira essência da raça humana. Não fosse assim, não teríamos chegado até aqui. Teríamos ficado nas cavernas.
Devemos estar sempre nascendo, ou seja, sempre reescrevendo nossas vidas. Lembrando-nos dos Palimpsestos, devemos mudar, crescer, nos transformar e renovar nossas vidas contando com a história que fica para tráz sempre ao nosso favor. Por isso, a cada aniversário fico realizado, pois assim tenho vivido, com dificuldades, minha vida, mas sempre pensando que hoje sou melhor do que ontem e pior do que amanhã serei (sem pieguice, e com muito sofrimento interno, pois só o sofrimento é capaz de nos impulsionar e levar adiante).
Neste mesmo sentido, em minha interpretação, nascer PALIM seria sempre renovar a fé na vida e nos desafios que ela nos traz. Renovar a coragem, a vibração, o olhar adiante. Assim, RASPO no palimpsesto de minha vida a escrita de mais um ano para começar a escrever PALIM (de novo). Com muito mais fé. E sentindo-me hoje mais feliz e maduro do que há exatamente um ano.
Segundo o evangelista João, Jesus teria usado a palavra PALIM em sua conversa com o fariseu Nicodemos. João narra o conselho de Jesus aos fariseus: em verdade vos digo: necessário vos é nascer PALIM (traduzido na Bíblia por de novo). Independentemente de crença ou do contexto histórico em que se insere o diálogo, filosoficamente é possível pensar sobre o profundo significado desta frase. Estamos sempre mudando, sempre crescendo, sempre nos transformando. Essa é a verdadeira essência da raça humana. Não fosse assim, não teríamos chegado até aqui. Teríamos ficado nas cavernas.
Devemos estar sempre nascendo, ou seja, sempre reescrevendo nossas vidas. Lembrando-nos dos Palimpsestos, devemos mudar, crescer, nos transformar e renovar nossas vidas contando com a história que fica para tráz sempre ao nosso favor. Por isso, a cada aniversário fico realizado, pois assim tenho vivido, com dificuldades, minha vida, mas sempre pensando que hoje sou melhor do que ontem e pior do que amanhã serei (sem pieguice, e com muito sofrimento interno, pois só o sofrimento é capaz de nos impulsionar e levar adiante).
Neste mesmo sentido, em minha interpretação, nascer PALIM seria sempre renovar a fé na vida e nos desafios que ela nos traz. Renovar a coragem, a vibração, o olhar adiante. Assim, RASPO no palimpsesto de minha vida a escrita de mais um ano para começar a escrever PALIM (de novo). Com muito mais fé. E sentindo-me hoje mais feliz e maduro do que há exatamente um ano.
5 comments:
Quando eu te liguei para dar parabéns hoje, você me perguntou se era MAIS um ano ou MENOS um, e eu respondi que dependia do seu estado de espírito.
Pois bem, parabéns por MAIS um ano de vida!
Um beijo na testa, veio!
Obrigado,tô ficando veio mesmo.Quase 40!!
Fê
Como dizia o seu vô Zuza,
"Véio é a vó!"
Parabéns, meu jovem!
Sensacional metáfora ... e por melhor apagado que tenha sido o antigo texto, algo dele permanecerá sempre visível sob o novo. Ao menos aos que tiverem olhos pra ver. Mais um belo texto, parabéns!
Tia, muito obrigado, e "véio é a vó" mesmo. Tô nascendo de novo. Beijão.
Fá, legal seu comentário, é assim mesmo que sinto. Obrigado pela "audiência".
Abração.
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