Thursday, December 04, 2008

ENQUANTO ISSO....

Enquanto isso...
...Na "Sala da Injustiça"....
Reunidos sorrateira e silenciosamente nossos super-antiheróis aprovam em primeira instância mais uma Medida Provisória aumentando os gastos com o Funcionalismo Público.
Em plena crise com manchetes a cada dia mais assustadoras e gigantes como GM brigando para se manter "de pé" , nosso Governo insiste em praticar o tão nefasto corporativismo público, modelo de antigos e ultrapassados Estados paleozóicos que já se provaram inviáveis.
A ser confirmada a MP, o gasto com o Funcionalismo atingirá, a partir de 2009, a incrível marca de 5% do PIB, praticamente o mesmo nível deixado pelo ex-Presidente Fernando Henrique. Depois de um "arrocho pós-eleitoral" em que, no seu primeiro mandato, Lula baixou este percentual para quase 4% , já reeleito e, desfrutando das benécies do poder, nosso atual Governante conseguiu retomar o nível deixado por seu antecessor. Ou seja, em QUATRO mandatos de dois Presidentes da República, desde 1995, apesar dos diferentes níveis de crescimento do PIB e panoramas econômicos, o percentual de gastos com o Funcionalismo permaneceu praticamente o mesmo.
Já que a Reforma Tributária foi prorrogada para o próximo ano, algo me leva a acreditar que teremos aumento de impostos, uma vez que, provalmente, a conta não vai fechar. Se a tendência é de retração na arrecadação por causa da diminuição da projeção de crescimento do PIB para 2009, como podemos ter aumento de despesas sem uma compensação formal? Só via aumeto da carga tributária. O que me deixa profundamente revoltado pois, além de eu não ter aumento salarial para compensar o repasse tributário e não poder (via MEDIDA PROVISÓRIA) aumentar meu proprio salário, serei obrigado a pagar pelo aumento de despesas de uma máquina improdutiva e super-dimensionada. Trata-se de um anacronismo digno de quem vive alheio à realidade que lhe cerca. Enquanto todos dimuem despesas, vemos o movimento de quem é míope e mantém estruturas inchadas e improdutivas ao invés de cortar gastos e otimizar investimentos. Mas tudo bem, a crise não é problema nosso, é do Bush!

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