Wednesday, December 10, 2008

Folclore de um torcedor fanático

Desde pequeno, sempre que o São Paulo ganha um título, assisto a todas as reportagens, "mesas redondas", debates e programas de esporte disponíveis. Fico zapeando de canal em canal e só paro quando o último programa sai do ar. Domingo passado, em meio a esta "balbúrdia televisiva" (com programas na TV aberta e canais a cabo), assisti a uma reportagem que me chamou a atenção. E só podia estar no programa do Milton Neves.
A 170 kilômetros de São Paulo, em Piracicaba, um fanático sãopaulino deu um susto em sua esposa. Grávida de um menino, Mariana passou o campeonato inteiro ouvindo seu marido dizer que daria o nome de Rogério Ceni para o garoto. A brincadeira começou a ficar séria quando o São Paulo passou a ver suas chances de ser campeão aumentadas. A cada rodada, Ricardo dizia que Rogèrio Ceni estava chegando ao mundo. E o frio na barriga de Mariana aumentava à medida em que, também sãopaulina, não sabia se torcia para o São Paulo ganhar ou perder.
Vinte dias antes de o São Paulo sagrar-se campeão, as contrações vieram e o casal foi, às pressas, para a maternidade. Durante o caminho Mariana questionou o marido se ele ia mesmo fazer a homenagem ao goleiro sãopaulino. Praticamente implorou a Ricardo que desse ao esperado filho o nome de Henrique. Contrariado, mas não querendo estressar a esposa, ele disse que ia pensar, pedindo que ela ficasse tranquila. Pesando mais de 3 kilos, horas depois um lindo bebê veio ao mundo. Logo após o parto, Ricardo correu para o Cartório antes que a esposa retomasse totalmente a consciência. Quando deu por si, Mariana viu o marido exibir a certidão do filho aos familiares: HENRIQUE ROGÉRIO CENI NASCIMENTO. Quase desmaiou, mas, vendo o bebê em seu colo, tranquilizou-se e disse que nada mais podia fazer. Ricardo havia atendido seu pedido, registrando seu filho com o nome de Henrique.
Estórias pitorescas como essa são fascinantes e mostram o poder da paixão que os ídolos do esporte despertam em seus fãs. Não posso falar nada. Nos tempos áureos do Senna, cheguei a pensar que, se um dia tivesse um filho, ele se chamaria Ayrton Senna.
PS: os nomes não são verdadeiros, mas o caso sim.

1 comment:

Edison Waetge Jr said...

E eu que queria dar o nome do meu filho do Chumpitaz, um antigo jogador do Peru (o país).